Três Luas, estreia em SP, espetáculo que tem como temática o “sagrado feminino”

Com texto de Rita Brafer e direção de Dimi Calazans, a peça que esteve em cartaz em 2019 retorna aos palcos, versando sobre o feminino sob a ótica do “Sagrado feminino”, movimento que busca trazer a mulher de volta à sua essência interior por meio de ensinamentos sobre seu corpo, suas emoções e ciclos femininos, buscando uma “re-harmonização” com a natureza, sua história, suas aspirações e seus instintos.

Trazendo elementos do Xamanismo, Três Luas é um encontro de gerações de mulheres. A peça se passa na casa de Judith (Julianna de Brito), simbolicamente ambientada no alto de uma montanha e se inicia com os preparativos para o ritual de “Plantar a Lua” da jovem Paloma (Tarsila Teles) , quando inesperadamente recebem a visita de Helena (Rita Brafer), uma mulher que, em determinado momento da vida, desconectou-se do seu pertencimento à natureza, mas que já passou por muitos ritos naquela casa, na companhia de Judith. Helena volta ao lugar onde cresceu em um momento em que se sente perdida de si mesma e está em busca de uma reconexão com sua verdadeira natureza feminina. A partir daí, através das trocas e conversas das “três luas”, vamos desvendando os conflitos, as alegrias, o frescor, as sombras e os processos de cura interior de cada uma delas.

A peça nasceu a partir do despertar da consciência do feminino ancestral e selvagem em mim mesma, das minhas buscas pelo Xamanismo, minhas andanças pelos círculos de poder e danças circulares e da minha iniciação ritual na Academia de Curandeiras de Paula Raquel Xavier. O que propomos com “Três Luas” é trazer ao palco, de forma lúdica e poética, o universo dos Círculos Sagrados Femininos, do Xamanismo e do aprendizado da arte das Curandeiras, que buscam na terra, na lua e na reconexão com a natureza e os ciclos naturais da vida uma forma natural de auto-cura”, dia Rita Brafer, atriz e dramaturga.

Mas a equipe não é toda composta de mulheres, a direção, por exemplo, fica a cargo de Dimi Calazans, que diz que “fazer parte de um projeto sobre o feminino me levou a um aprendizado profundo sobre esse universo e me senti acolhido como artista e como pessoa pelo feminino sagrado que está em todos nós. E é essa a ideia, tocar todas as pessoas, todos os sagrados, sem uma divisão de homem e mulher, mas pensando no ‘sagrado humano’ que temos dentro de nós.

A direção busca, na simplicidade da representação, mostrar personagens cuja grandiosidade é expressa através de seus conflitos, dores, dúvidas e alegrias mais profundas. O espetáculo busca levar-nos a um lugar no espaço tempo onde é possível ser o que realmente se é, sentir o que se sente, vivenciar nossas tempestades de forma plena, assim como nossas mais esfuziantes alegrias, longe do julgamento do pode/não pode.

A peça conta com uma cena de nudez feminina.

Serviço
Peça: Três Luas
Texto e dramaturgia: Rita Brafer
Direção: Dimi Calazans
Elenco: Rita Brafer, Julianna de Brito e Tarsila Teles
Apoio ao público: Tânia Fornaciari

Figurinos e Cenário: Cia Rabo de Asno
Produção: Rita Brafer e Dimi Calazans
Trilha Sonora: Rita Brafer

Edição de áudio: Sérgio Yamamoto
Operação de som: Dimi Calazans
Iluminação: Dimi Calazans
Operação de luz: Victor Hugo Silva

Recomendação: 14 anos
Gênero: Drama

Onde: Teatro da Confraria da Paixão
Quando: 15/06 a 06/07/2024 - Sábado às 20h
Endereço: R. Lopes de Oliveira, 585 - Barra Funda

>> Ingressos AQUI


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Claudê Lopes

Baiano de Itiúba, radicado em São Paulo há mais de 30 anos. Jornalista, Pesquisador Musical, Blogueiro, Produtor e Editor de conteúdo, Consultor Musical, Roteirista, Redator e Diretor de programa, Web Designer. @claudelopes70

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